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Especialista orienta sobre como enfrentar engarrafamentos urbanos de trânsito

Por Júlio Sonsol
23/11/2023 07:29 | Atualizado há 1 ano

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Robério Lessa aponta cuidados para evitar o engarrafamento e também quando o condutor estiver nele Robério Lessa aponta cuidados para evitar o engarrafamento e também quando o condutor estiver nele - Arte: Publicidade/Alece

Com as cidades cada vez mais ocupadas por veículos, bens indispensáveis para o deslocamento da população, tanto para se dirigir ao trabalho quanto em momentos de lazer, crescem na mesma proporção os engarrafamentos no trânsito. Os horários coincidentes em que todos devem estar presentes no ambiente de trabalho acentuam os congestionamentos nas vias públicas.

O jornalista Robério Lessa, servidor da Assembleia Legislativa do Ceará e especialista em trânsito e automobilismo, traz algumas orientações que podem evitar os desgastes físicos e emocionais que ocorrem nos trajetos entre o lar e o destino. A primeira delas é antecipar o horário de saída em 15 minutos. Segundo ele, este lapso de tempo pode ser a diferença entre uma via com o tráfego fluindo normalmente e um severo engarrafamento.   

Segundo o jornalista, uma das grandes dificuldades do trânsito das grandes cidades é que raramente dá para prever com precisão quanto tempo é necessário para chegar até o destino. Ele exemplifica que um pequeno acidente no meio do caminho ou uma chuva mais forte capaz de alagar um cruzamento já são suficientes para causar atrasos.

Um modo de evitar esse tipo de problema, na visão de Robério Lessa, é usar ferramentas que estão disponíveis na Internet  para alterar o trajeto. "Sites como o Google Maps e o Waze ajudam a indicar quase em tempo real em que pontos do caminho há problemas e quais as rotas alternativas para seguir viagem", assegura.

O individual pelo coletivo

No entender de Robério, as administrações públicas, visando a convencer a população usar o transporte coletivo, têm optado por uma agenda positiva para modais mais sustentáveis, a exemplo do transporte coletivo. "Investir nisso é uma das principais soluções para reduzir o número de carros circulando e, assim, acabar com os congestionamentos", assinala.

Ele observa que cidades como Curitiba (PR), Uberlândia (MG) e Goiânia (GO) têm adotado o BRT para reduzir congestionamentos. "Este tipo de transporte coletivo é composto por veículos maiores que os ônibus habituais, com faixas dedicadas especialmente a eles e cobrança organizada fora do veículo. Isso permite não pegar trânsito e fazer um trajeto em tempo inferior ao necessário para um carro completar o mesmo deslocamento", assevera.

Outra medida com capacidade de diminuir os congestionamentos é a adoção da bicicleta como forma regular de transporte. As faixas exclusivas para bikes, conforme o especialista, permitem que o ciclista pedale mais rapidamente, em uma via sem dividir espaço com carros. Robério Lessa defende a expansão das ciclovias como meio de evitar o colapso do trânsito.

O que fazer no engarrafamento

Se o motorista já caiu em um engarrafamento, algumas medidas podem ser adotadas para evitar o maior desgaste do veículo. "Ligar e desligar o motor não vale a pena no 'anda-e-para' do trânsito. A prática desgasta a bateria e pode até diminuir a vida útil da peça. Além disso, sobrecarrega também o motor de arranque", avisa o jornalista.  Segundo ele, o carro só deve ser desligado se o trânsito parar mesmo de vez, ou se estiver dentro de um túnel ou passagem subterrânea.

Os movimentos adotados devem ser leves. "Em engarrafamentos, evite acionar os pedais de forma brusca. Acelerar forte para ter que parar dez metros depois só faz aumentar o consumo de combustível e forçar os componentes do motor. Frear em cima da hora também compromete a vida útil das pastilhas e faz o carro beber mais", diz.

Com relação ao câmbio automático em congestionamentos, mudar a toda a hora a transmissão automática do “D” (drive) para “N” (neutro) a cada parada no congestionamento é outro fator de desgaste de conjunto. "Só passe para o N quando perceber que a espera vai levar mais de cinco minutos, por exemplo", aconselha. Outra alternativa eficiente é manter distância do carro da frente para evitar recorrer ao pedal com tanta frequência durante o "anda-e-para". 

Para reduzir o desgaste mental nestes ambientes de estresse, o jornalista recomenda, ainda, a escolha de uma estação de rádio entre as preferidas do do(a) condutor(a). "Músicas clássicas e lentas, segundo especialistas, são as ideais para os engarrafamentos. Porém, psicólogos também comentam que relaxante mesmo é a canção que o motorista mais aprecia. Talvez, um rock possa lhe libertar", observa.

Edição: Salomão de Castro

 

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