Centro de Mediação e Gestão de Conflitos

Encerrada quarta edição do projeto “Mediando em Círculos”

Por Paulo Veras
16/05/2024 15:17 | Atualizado há 6 meses

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Encontros duraram de 90 a 120 minutos Encontros duraram de 90 a 120 minutos - Foto: José Leomar

O Centro de Mediação e Gestão de Conflitos (CEMGEC) da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará concluiu, nesta quinta-feira (16/05), a quarta edição do projeto “Mediando em Círculos ”. A turma foi formada por bombeiros e policiais militares que atuam na segurança da Alece. A roda de conversa ocorreu nas dependências do CEMGEC e foi conduzida pelas psicólogas Elusa Laprovitera, facilitadora  e Carolina Peixoto, co-facilitadora . 

A articuladora do CEMGEC, Jussara Alves, relatou que o projeto nasceu de uma visão da primeira-dama da Assembleia Legislativa, Cristiane Leitão, que entendeu ser necessário olhar para o público interno. “Nossa primeira turma atendeu às mulheres que perderam seus filhos na chacina do Curió. Após isso, realizamos a segunda e terceira turmas com a Controladoria Geral de Disciplina (CGD) e agora com bombeiros e policiais, buscando o foco interno”, explicou.

Segundo pontuou Jussara, as rodas de conversa do projeto “Mediando em Círculos” permitem que sejam desenvolvidos a empatia e o respeito mútuo, que um participante conheça a história do outro e, assim, passem a se respeitar. “Trabalhamos o Ciclo de Construção de Paz, construindo relações e integrando equipes. Os feedbacks são inteiramente positivos. Todos os que participam saem diferentes, desenvolvendo tanto a fala como a escuta”, acentuou.

Sobre a ferramenta

Carolina Peixoto, psicóloga da Célula de Saúde Mental e Práticas Sistêmicas Restaurativas e co-facilitadora da 4ª turma do “Mediando em Círculos”, detalhou como acontecem as rodas de conversa. “Nossa ferramenta é o Ciclo de Construção de Paz. Tivemos dez encontros que variaram de 90 a 120 minutos. As rodas de conversa acontecem em um espaço restrito aos participantes. É um espaço de fala e acolhimento”, explicou. 

Turma foi formada por bombeiros e policiais - Foto: José Leomar

A psicóloga frisou ser necessário formar vínculo entre as pessoas para que a ferramenta funcione de maneira eficaz. “Por este motivo, trabalhamos com grupos pequenos, de, no máximo, dez pessoas. Desta forma, todos os participantes têm oportunidade de contribuir e falar de seu dia a dia, enriquecendo a experiência”, enfatizou.

Compartilhando experiências

O capitão Jansen Santos, da 2ª Companhia de Policiamento de Guarda (2ª CPG), classificou como muito importante o projeto. “Foi possível falar sobre nossa origem, compartilhar experiências e, por meio delas, constatar o que somos. Foi um ciclo bem interessante, que faz com que a gente fuja da rotina diária e tenha um espaço de compartilhamento.”, confessou.

O militar revela que, em 2017, escreveu um artigo sobre a doença mental de profissionais de segurança. “É um assunto que impacta muito em nossas corporações. Nosso trabalho não é fácil. Só quem está no teatro de operações tem a real dimensão das dificuldades. Temos que ter poder de decisão e controle emocional em nossas atitudes”, ressaltou.

O capitão Jansen Santos parabenizou o Comitê de Responsabilidade Social (CRS) da Alece pela promoção do Ciclo e disse esperar que aconteçam mais edições para beneficiar maior número de servidores.

Conteúdo digital: Leonardo Coutinho

Edição: Salomão de Castro

 

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