Empresária relata trajetória profissional na 51ª edição do "Em Rodas de Biblioterapia"

O curso Em Rodas de Biblioterapia, parte do programa Assalce "Entre Artes: A Arte de Viver", realizou, nesta quinta-feira (05/12), na sede da Associação dos Servidores da Assembleia Legislativa do Ceará, o seu 51º encontro. Nesta edição, a atividade teve  a "poética" apresentada pela empresária Joselma Maria de Lima Oliveira, fundadora da Sorveteria Pardal, com sede no município de Aquiraz, empregando cerca de 90 funcionários.

Conforme explicou a criadora do curso, Jacqueline Assunção, a poética não seria sobre um livro específico, mas teve como foco a apresentação da história da empresa "Pardal Sorvetes" e de sua criadora. A trajetória da Pardal começou no início dos anos 1990, na cidade de Currais Novos, (RN), quando a então dona de casa Joselma Maria de Lima Oliveira encontrou na venda de picolés caseiros uma forma de sustentar a família.

O que começou com trinta picolés dentro de uma caixa para serem vendidos em uma feira livre logo se transformou na história da Pardal. "Eu sempre pensei em mudar para uma cidade grande para dar uma educação de melhor qualidade aos filhos", explicou. Ao se radicar em Fortaleza,  em 1994, o picolé ainda tinha a denominação "caseiro", e era vendido principalmente no Beco da Poeira, local de comércio popular.

Trajetória

Com a compra do maquinário para produção do picolé, a empresária resolveu batizar de Pardal. Primeiramente em alusão ao personagem de história em quadrinhos, mas em seguida à própria ave. "O pardal é um pássaro livre e alegre que tem muito a ver com a minha personalidade”, reforça.

A cidade de Fortaleza é a casa da empresa Pardal, apesar da fábrica ser localizada em outro município. "Porém, o escritório de vendas continua na Capital e concentra a maior clientela da marca", explica. Joselma lembra que desde quando realizou a primeira venda de picolés em uma feira livre, já tinha dentro a vontade de crescer e se expandir.

"Lembro que quando falei em comprar máquinas semelhantes as da fábrica Kibon, me falaram que eram muito caras e que eu não teria condição. Não respondi, mas falei pra mim mesma que iria comprar. E hoje já comprei", conta com satisfação. Outro motivo de alegria, conforme revela, é ter conseguido transmitir aos filhos o seu espírito empreendedor.  Dois deles trabalham com ela, e uma filha, a mais nova está se graduando em Nutrição e no futuro próximo irá desenvolver produtos alimentícios para diabéticos e pessoas alérgicas.

"Empreender sempre fez parte da minha vida. Está no meu sangue. Mas não pensem que foi fácil chegar até aqui. Muitos obstáculos eu tive de superar, mas sempre tive a coragem de enfrentar todos os desafios", destaca. Outro fator que contribuiu para o sucesso do seu empreendimento foi o cuidado na escolha da matéria prima. "Sempre usei as melhores frutas e os melhores produtos. Hoje, já usamos coco orgânico, e esperamos no futuro usar somente frutas sem uso de agrotóxicos", pontua.

Após a apresentação da poética, foi apresentada a Cozinha Vintage, que é coordenada pela servidora Lilian Rêgo. Na oportunidade, foram distribuídos sorvetes, pastéis e bolos de frutas com os participantes, fazendo um diálogo com o tema apresentado.

JS

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