DSAS defende aleitamento materno para prevenção de mortes
Por Paulo Veras, com Assessoria de Imprensa do DSAS e informações da Sesa27/02/2024 09:55 | Atualizado há 1 ano
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O aleitamento materno é a estratégia que, isoladamente, mais previne mortes em crianças menores de cinco anos, pois o leite materno é superior a qualquer outro leite nessa fase da vida, sendo um alimento completo, de fácil digestão e que possui todos os nutrientes necessários ao bebê. O Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) reforça a importância do aleitamento materno e de doações de leite que possam beneficiar crianças recém-nascidas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o leite natural da mãe reduz, em 13%, a mortalidade até os cinco anos de idade, evita diarreia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, diabetes, colesterol alto e hipertensão, leva a uma melhor nutrição e reduz a chance de obesidade. Além disso, a amamentação contribui para o desenvolvimento da cavidade bucal dos pequenos e promove o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.
A enfermeira obstetra Bárbara Gabriela Silva, da Célula de Enfermagem do DSAS, acentua que o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida é essencial. “Por meio deste aleitamento, a mãe consegue transferir anticorpos para o bebê, fortalecendo o sistema imunológico da criança”, pontua. Segundo Bárbara, esta exclusividade do uso do leite materno nessa faixa etária previne a criança de alergias, diarréias, obesidade, infecções respiratórias, além de evitar doenças como hipertensão e diabetes. Ele reforça que o leite materno é a alimentação adequada e contém todos os nutrientes necessários ao desenvolvimento infantil.
Importância de doar
Além de todos estes benefícios, a enfermeira cita o importante vínculo entre mãe e bebê. “A amamentação aproxima mãe e filho e também ajuda a mãe no pós-parto, reduzindo riscos de complicações como a hemorragia materna. E é uma alimentação prática, eficiente e que reduz custos financeiros pra família”, pontuou.
Conforme Bárbara Silva, a mãe que esteja na fase de amamentação e 100% saudável, deve realizar a doação do leite materno. “Doar não atrapalha é um ato de amor ao próximo. Quanto mais a mãe doar, mais leite ela irá produzir. Essa doação ajudará inúmeros recém-nascidos que precisam da nutrição existente no leite materno”, defende. A enfermeira orienta que os bancos de leite humano tiram todas as dúvidas que as mães possam ter quanto ao processo de doação.
Banco de Leite em Fortaleza
Infelizmente, nem todas as mães podem amamentar. Por isso, o incentivo para a doação de leite materno é importante. O Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), equipamento da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), precisa de doações para os recém-nascidos prematuros internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeo). O serviço, que anualmente registra queda média de 30% entre os meses de dezembro e janeiro, atribui a baixa no número ao período das festas de final de ano e férias.
De acordo com a enfermeira do BLH do HGF, Eunice Cavalcante, a redução durante o período é comum porque muitas mães estão viajando ou de férias. “Temos uma demanda alta, precisamos de cerca de 70 litros de leite por mês para alimentar os bebês”, explica. A profissional diz que as doações devem começar a normalizar no mês de março.
O leite é o alimento completo para os bebês, sendo fundamental para aumentar as chances de recuperação e o desenvolvimento saudável dos prematuros internados na unidade. “Os recém-nascidos amamentados ou alimentados com o leite humano pasteurizado nas primeiras horas de vida garantem maior proteção contra doenças infecciosas. É como se fosse a primeira vacina da criança”, explica.
Como doar
Toda mulher saudável e que não faz uso de medicamentos contraindicados durante a lactação pode ser doadora. Para doar leite humano, é preciso ligar para o telefone (85) 3101.3335 e fazer um cadastro. Estando apta, a pessoa recebe, em casa, um kit doação com embalagens e demais itens necessários para ordenha e armazenamento do leite.
O transporte do leite coletado é feito pelo HGF, por meio de um veículo exclusivo para o deslocamento. Todas as doadoras recebem orientações sobre doação e aleitamento pela equipe do BLH.
Qualquer quantidade do líquido doado pode ajudar os bebês internados. A depender do peso e das condições clínicas, os pequenos podem precisar de apenas 1 ml a cada refeição. “A doação de leite não prejudica a quantidade do líquido que a mulher produz para o próprio filho. Pelo contrário, a coleta estimula ainda mais a produção do leite”, reforça.
Serviço: Banco de Leite Humano do Hospital Geral de Fortaleza. Contato: (85) 3101.3335. Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 7 horas às 17 horas.
Edição: Salomão de Castro
Núcleo de Comunicação Interna da Alece
Email: comunicacaointerna@al.ce.gov.br
Telefone: 85.3257.3032
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