Assalce

Documentário "O Silêncio dos Homens" é exibido no Cine Alece

Por ALECE
17/11/2022 15:16

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dOCUMENTÁRIO FOI EXIBIDO PARA PÚBLICO QUE INCLUIU ESTUDANTES DAS ESCOLAS ESTADUAIS jENNY gOMES E dEPUTADO pAULO bENEVIDES, AMBAS DE fORTALEZA dOCUMENTÁRIO FOI EXIBIDO PARA PÚBLICO QUE INCLUIU ESTUDANTES DAS ESCOLAS ESTADUAIS jENNY gOMES E dEPUTADO pAULO bENEVIDES, AMBAS DE fORTALEZA - Foto: José Leomar

O debate sobre a saúde do homem teve uma nova etapa hoje na Assembleia Legislativa do Ceará. O Cine Alece realizou, nesta quinta-feira (17/11), a exibição do documentário "O Silêncio dos Homens", no auditório Deputado João Frederico Ferreira Gomes, do Anexo II da Assembleia Legislativa do Ceará (Edifício Deputado José Euclides Ferreira Gomes). O longa-metragem borda as dores, qualidades, omissões e processos de mudança dos homens.

A apresentação, voltada para servidores, comunidade e 100 alunos das escolas estaduais de ensino em tempo integral Jenny Gomes e Deputado Paulo Benevides (ambas de Fortaleza), foi promovida pela Célula de Saúde Mental e Práticas Sistêmicas Restaurativas do Comitê de Responsabilidade Social da Alece, em parceria com a Associação dos Servidores da Assembleia (Assalce).

No documentário, são tratados temas como violência doméstica, ausência de mulheres em posições de poder na política e economia, assédio, altíssimas taxas de suicídio, homicídio, mortes no trabalho e encarceramento entre os próprios homens.

A primeira-dama da Assembleia e idealizadora do Comitê de Responsabilidade Social, Cristiane Leitão, destacou, na abertura da sessão, a felicidade por estar levando, principalmente aos jovens, uma série de informações relavantes. Ela lembrou que é também missão da Alece levar a todos uma reflexão de como é possível que cada um cumpra a sua missão e não apenas se utilize uma máscara que às vezes a sociedade impõe.

"Temos que colocar para o mundo a nossa essência e descobrir que todos podemos ir além ao que nos é imposto", destacou Cristiane Leitão, observando que é na adolescência que se descobre quem verdadeiramente somos. "Este filme coloca uma gotinha do que são as práticas sistêmicas", salientou, acrescentando que a Alece está sempre de portas abertas para a comunidade.

Novembro Azul

O presidente da Assalce, Luis Edson Sales, agradeceu a presença de todos e lembrou que o evento também integra o conjunto de atividades desenvolvidas pela Casa e pela Associação, sendo voltado para o Novembro Azul.  "Vale destacar que este mês são realizadas ações dedicadas à saúde física e mental dos homens", pontuou. Nesta quinta-feira (17/11), transcorreu o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.

Luis Edson disse ter sido educado em uma época que  todos os meninos e adolescentes eram orientados pelos familiares e a própria sociedade a não demonstrar seus sentimentos. "Devíamos ser uns super homens, sem transparecer nenhuma fragilidade. Sofro até hoje por causa disso", completou o presidente da Assalce. Luís Edson também enalteceu a atual gestão da Alece, presidida pelo deputado Evandro Leitão (PDT), que tem procurado realizar o acolhimento de toda a sociedade, e exemplificou a exibição como parte deste trabalho.

Saúde mental em pauta

A psicóloga Carina Diógenes, da Célula Saúde Mental e Práticas Sistêmicas Restaurativas, afirmou que a Célula de Saúde Mental já desenvolve um trabalho voltado para adolescentes, desde 2021. "Neste ano, a gente não poderia deixar de contemplar mais uma vez o Novembro Azul, falando sobre o cuidado que devemos ter com as emoções do masculino", pontuou. Ela observou ainda que o documentário exibido foi realizado pela Universidade de São Paulo (USP), para sensibilizar as pessoas sobre as questões relacionadas ao que se compreende como 'ser homem'. "Principalmente, é um documentário feito por homens e para homens, bem vinculado com as ações do Novembro Azul", disse.

O tenente-coronel e Ouvidor do Corpo de Bombeiros do Ceará, Edir Paixão, mestre em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará (UFC), presente ao debate após a exibição, assinalou que considera de "máxima relevância". trazer para os jovens, principalmente, uma discussão sobre o ser masculino.

"Em nossa sociedade, são os homens que mais matam, que mais morrem e são mais encarcerados. A gente vê que existe um problema relacional e cultural sobre o que é de fato ser homem. Há a ideia de que o homem não chora, não pode mostrar as suas emoções e não pode perdoar porque tem de lavar a sua honra com sangue", observou. Ele asseverou que foi inclusive educado para revidar violentamente qualquer agressão que sofresse em ambiente exterior ao lar.

"Essa agressividade tem se demonstrado altamente prejudicial a nossa sociedade, tanto para homens como para mulheres. Então esse diálogo, motivado pelo documentário, é extremamente importante porque precisamos falar hoje de promoção de paz, de mudanças de comportamento e de cultura. A masculinidade, como ela nos foi ensinada, está equivocada em vários pontos", defendeu.

Para a professora Claudina Freitas, professora das duas escolas, que acompanhou os alunos participantes da sessão, a ação da Alece foi bastante relevante, até em termos pedagógicos formais. "Os alunos puderam se posicionar, questionar e tirar as suas dúvidas durante a roda de conversa. Foi um momento enriquecedor para todos. Eles irão ter um olhar a partir deste momento. Sem dúvida, ampliaram o repertório de conhecimento que pode ser útil até em uma prova de redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)", asseverou.

Serviço: Cine Alece - O documentário "O Silêncio dos Homens" foi lançado em 2019 como iniciativa da plataforma "Papo de Homem" e está disponível no YouTube, podendo ser acessado pelo link: https://youtu.be/NRom49UVXCE .

JS

 

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