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Doadores de sangue: servidores que inspiram com um ato de cidadania e solidariedade

Por Julio Sonsol e Samaisa dos Anjos
13/06/2025 09:00 | Atualizado há 16 horas

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O servidor Leandro Rocha doa sangue desde 2007 e já contabiliza 34 doações O servidor Leandro Rocha doa sangue desde 2007 e já contabiliza 34 doações - Foto: Pedro Albuquerque

“Doar sangue é oferecer uma oportunidade de recomeço para alguém. É a possibilidade de transformar vidas e semear esperança”. Com essa percepção, Leandro Rocha, servidor da Alece, já doou sangue 34 vezes. A cada ida ao hemocentro, hábito iniciado em 2007, a sensação gratificante de estar ajudando outras pessoas para quem a doação pode significar sobrevivência. 

A iniciativa e constância de Leandro, servidor que atua na Unipace Virtual, precisa ser reconhecida, valorizada e servir de inspiração para outras pessoas, sobretudo neste mês, em que é celebrado o Junho Vermelho. A data faz alusão ao Dia Mundial do Doador de Sangue (14/06). 

Como forma de apoiar o movimento e incentivar novos doadores, a Alece iluminou de vermelho a fachada do Plenário 13 de Maio. Essa iniciativa reforça a posição do Parlamento cearense em divulgar e endossar datas e campanhas de conscientização. 

O Núcleo de Comunicação Interna da Casa também está realizando ao longo de junho a campanha "Eu sou doador de sangue!", apresentando servidores que inspiram com esse ato de cidadania. Em consonância, no dia 17 de junho, às 9h, o DSAS e a Assalce levarão servidores interessados em doar ao Hemoce para participar da Caravana da Solidariedade

Foto: Máximo Moura

Dia Mundial do Doador de Sangue

O Dia Mundial do Doador de Sangue (14/06) foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2004 e alerta para a importância da doação, assim como para a necessidade de manter estoque de sangue adequado, uma vez que o sangue é usado para salvar vidas em emergências, cirurgias, tratamentos de doenças crônicas e situações de trauma.

No Brasil, atualmente, apenas cerca de 1,8% da população doa sangue regularmente, segundo dados do Ministério da Saúde. Este índice é apontado como muito abaixo do ideal recomendado pela OMS (3% a 5% da população). 

O Junho Vermelho e o Dia Mundial do Doador de Sangue buscam mudar esse cenário, incentivando a doação regular e voluntária como um ato de cidadania. Uma oportunidade para que todas as pessoas que podem doar sangue conheçam mais o processo, que é simples e faz a diferença.

Décadas de doação 

Um dos participantes da campanha da Comunicação Interna é o médico Egerton Teles, orientador da Célula de Acupuntura do DSAS. Ele revelou que se transformou em doador regular de sangue há 40 anos e procura com frequência um hemocentro para realizar nova doação. 

Teles contou que a primeira iniciativa aconteceu quando um familiar precisou de sangue do tipo O negativo. "A partir daquele momento, senti na pele a necessidade de doar regularmente. Muitas pessoas estão sempre precisando da colaboração de todos". 

Foto: José Leomar

Para as pessoas que ainda não são doadoras por medo da agulha, o médico diz que a dor provocada pela doação é mínima e não pode ser motivo de desestímulo. "Hoje nós temos agulhas mais aprimoradas e profissionais excepcionais. São enfermeiros que lidam todos os dias com a prática e têm mãos muito mais leves", disse.

Para quem tem interesse em se transformar em doador, Egerton Teles recomenda que procure os hemocentros ou locais de coleta e peça o máximo de informação. "Em geral, se você está com a sua saúde perfeita terá condição de doar. A idade limite vai até os 69 anos, mas para a primeira doação, precisa ter até 60 anos", explicou. Ele aponta ainda que o ato de doar estimula a medula na fabricação do sangue e fortalece todo o processo fisiológico com o sangue renovado. 

Solidariedade e regularidade

O servidor Leandro Rocha, que iniciou nossa matéria, busca doar sangue na regularidade permitida para homens, que é a cada dois meses. Mulheres podem doar a cada três meses.  

Ele explica que resolveu ser doador frequente por entender o bem que pode proporcionar aos necessitados de sangue. "Sei que muitas pessoas, principalmente os internados no Instituto José Frota (IJF), dependem das doações para sobreviver", acentuou.

A jornalista Aline Cavalcanti, da Alece TV, relembra que começou a ser doadora de sangue quando fez a sua primeira reportagem sobre campanhas do Hemoce. "A partir daí, percebi a importância que esta atitude tem para todos e me propus a doar". 

Foto: José Leomar

Mas a regularidade maior no ato de doar aconteceu quando, em 2021, durante a pandemia de Covid-19, a sua mãe realizou um procedimento cirúrgico que necessitou de, aproximadamente, 50 bolsas de sangue e de plaquetas. 

"Ela teve um AVC e ficou três meses na UTI. Neste momento, vi como são necessárias essas doações. Cheguei a fazer campanha com meus amigos para ajudar a repor essas bolsas. Consegui mobilizar mais de 60 doadores", completou. 

Benefícios para doadores

Além do gesto de solidariedade para o coletivo, os doadores frequentes de sangue desfrutam de alguns benefícios, como: 

  • Para quem doa em intervalos de até seis meses, há o direito de meia-entrada em equipamentos públicos de cultura, esporte e lazer, mediante apresentação de documento oficial expedido pelo Hemoce  ou por um banco de sangue reconhecido no Estado.
  • Doadores regulares também são isentos do pagamento da taxa de inscrição em concursos públicos estaduais e concursos de Fortaleza, como previsto nas leis nº 12.559, de 1995 e nº 9242, de 2007, respectivamente.

Quem pode doar? 

  • Pessoas entre 16 e 69 anos. Menores de 18 anos precisam de autorização dos responsáveis, e doadores acima de 60 anos devem ter histórico de doação prévia; 
  • ter peso mínimo de 50 kg;
  • estar saudável;
  • estar bem alimentado.

Onde posso doar sangue? 

O Hemoce tem pontos de coleta em Fortaleza e no interior do Estado. Confira aqui endereços e horários

O Fujisan também conta com ponto de coleta na capital. Confira aqui endereço e horários

Posso doar com qual frequência? 

  • Homens podem doar a cada dois meses e mulheres a cada três meses. 

Quando não posso doar?

  • Se estiver doente no momento da doação; 
  • Caso tenha realizado endoscopia: somente após 6 meses;
  • Se tiver feito tatuagem, maquiagem definitiva ou micropigmentação: somente após 6 meses;
  • Mulheres grávidas não podem doar, devendo aguardar 12 meses após o parto;
  • Fez cirurgia recente? A depender do procedimento, é necessário esperar 6 meses. 
  • Pessoas que consumiram bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas não podem doar.
  • Outros casos são informados pela equipe no momento da triagem antes da doação. 

Tem dúvidas sobre a doação? 

O Hemoce tem uma lista de dúvidas frequentes aqui 

 

Edição: Samaisa dos Anjos

Núcleo de Comunicação Interna da Alece
E-mail: comunicacaointerna@al.ce.gov.br 
Página: https://portaldoservidor.al.ce.gov.br/ 

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