Célula de Psicopedagogia orienta sobre TDAH

No dia 13 de julho é comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A data surgiu da   necessidade de conscientização sobre a importância e o cuidado para com esse transtorno. Em todo o mundo, os portadores de TDAH tendem a enfrentar dificuldades nos espaços e contextos nos quais estão inseridos.

O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado pela diferenciação genética e fisiológica do cérebro, e que acarreta no estímulo de pensamentos excessivos e/ou acelerados. Em geral, manifesta-se nas crianças em idade escolar e pré-escolar, acompanhando o indivíduo até a fase adulta. Pesquisas apontam que as causas do distúrbio possuem ligação com diversas variáveis, dentre elas: fatores hereditários, substâncias ingeridas na gravidez, sofrimento fetal e exposições ao chumbo.

A psicopedagoga Joana D’arc de Paula, que atua na Célula de Psicopedagogia do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará, afirma que a dificuldade de manter o foco — inclusive no que outras pessoas falam —, bem como a lentidão na realização de tarefas, constituem um cenário preocupante de predomínio da desatenção, sintoma que caracteriza um quadro de TDAH.

“Para a composição do diagnóstico, leva-se em conta também as expressões de hiperatividade e impulsividade, como por exemplo: a dificuldade em se manter sentado em locais como salas de aula ou recepções, a ânsia de correr ou ficar subindo em objetos — no caso das crianças, principalmente —, dificuldades para realizar atividades com serenidade, falar muito, ‘explodir’ em respostas antes das respectivas questões serem formuladas por completo e a interrupção da fala alheia”, explica.

Legislação

A profissional destaca a importância da Lei 14.254, instrumento federal de 2021 que reconhece a condição diferenciada das pessoas portadoras de transtornos de aprendizagem, incluindo o TDAH e dislexia. “O TDAH tem implicações na aprendizagem e na vida social do indivíduo. Portanto, a Lei 14.254 veio para garantir que esses indivíduos tenham uma assistência  satisfatória na área da saúde e educação. O instrumento abrange a manutenção de programas para acompanhamento integral dos estudantes na rede pública e privada, devendo essa cobertura ser estendida também à saúde, por conta da necessidade do diagnóstico, encaminhamento, apoio educacional terapêutico”, esclarece.

Joana D’arc alerta ser fundamental o diagnóstico precoce da condição. “O diagnóstico tardio pode trazer prejuízos significativos para o indivíduo, tanto na área familiar e social quanto na acadêmica e profissional. Por isso é importante a avaliação precoce, contando com a participação de uma equipe multidisciplinar”, assevera.

Conteúdo digital: Assessoria de Imprensa do DSAS

Edição: Salomão de Castro

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