AVC: DSAS realizará pesquisa com servidores da Alece com foco na prevenção
Por Núcleo de Comunicação Interna com comunicação do DSAS14/07/2025 10:02 | Atualizado há 11 horas
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O Acidente Vascular Cerebral (AVC), classificado como uma doença cerebrovascular, representa um grande desafio na gestão de saúde pública no mundo, apresentando números que chamam a atenção para a necessidade de informação e prevenção.
O Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) destaca que, no período de janeiro ao início de abril de 2025, o AVC causou o equivalente a uma morte a cada sete minutos no Brasil, segundo dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil.
Como forma de contribuir para a prevenção e promoção da saúde, o DSAS promoverá em agosto uma pesquisa interna para detectar funcionários que podem apresentar riscos para AVC. O diretor do Departamento, Luis Edson Sales, ressalta que a ação acontece diante do quadro alarmante de mortes por AVC no Brasil, cerca de 56 mil pessoas no primeiro semestre deste ano.
"Está ficando cada vez mais comum casos de derrame, inclusive em pessoas com menos de 50 anos. O quadro é tão grave que o número de óbitos por AVC supera as mortes por infarto e Covid-19. Nesse sentido, não podemos ficar parados e, por isso, o DSAS fará no mês de agosto uma pesquisa para identificar servidores da Casa que tenham pressão alta, diabetes, obesidade, colesterol alto, tabagismo ou algum outro fator de risco", explica o gestor.
De acordo com o cardiologista e orientador da Célula de Clínica Médica do DSAS, Célio Vidal, a pesquisa será feita por uma equipe multiprofissional e terá como objetivo a prevenção. “A equipe que fará a pesquisa dos funcionários que têm algum fator de risco de AVC será composta por profissionais de diversas células do Departamento, como médicos cardiologistas, endocrinologistas e pneumologistas, bem como por enfermeiros, nutricionistas e dentistas. As consultas serão preventivas e terão como objetivo orientar o funcionário sobre o que ele deve fazer para evitar o AVC”, detalha.
Sintomas e prevenção
A servidora da Alece, Rosa Ney, que atua na Célula de Odontologia, compartilha sobre o AVC que sofreu. "Acordei tonta, sem força em uma das mãos, o que me impossibilitou de escovar os dentes. Procurei então um médico, que me examinou e constatou que eu havia sofrido um AVC isquêmico. Fiquei 5 dias no HGF. Até hoje tenho problemas na mão que foi afetada”, comenta.
Foto: Lucas Almeida/DSAS
Ela lembra que na época não tomava as medicações para diabetes e hipertensão, por “duvidar que tinha essas doenças crônicas. Esse derrame acabou acontecendo e me fez muito mal”, indica, comentando ainda do excesso de consumo de alimentos industrializados.
Luciana Carla, também servidora da Casa, cita casos de AVC em sua família. "Uma de minhas irmãs faleceu aos 52 anos por causa de um AVC hemorrágico e a outra aos 62, por um AVC isquêmico. Já meu irmão ficou com sequelas de um AVC isquêmico que ele teve quando tinha 51 anos. Isso já faz 14 anos e, desde então, permanece acamado em estado vegetativo, dependendo dos cuidados da família. Na prática já não tem mais vida", afirma.
Foto: Lucas Almeida/DSAS
Luciana enfatiza que todos precisam cuidar da saúde, principalmente, em uma época na qual os casos de AVC estão em alta. "Acredito que isso esteja acontecendo sobretudo pela má alimentação e pela negligência em fazer atividades físicas, e em usar as medicações preventivas indicadas pelos profissionais da área da saúde", finaliza.
Informação e sensibilização
Para prevenção, informação é essencial. Com esse intuito, o programa Alô Alece, da Alece FM (96,7 MHz), em parceria com o DSAS, entrevistou na última semana, a neurologista do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Deborath Lúcia de Oliveira Diniz.
De acordo com a Deborath Lúcia, que é coordenadora do Núcleo de Emergência Neurológica do HGF, os tipos mais comuns de AVC são o isquêmico e o hemorrágico. "O primeiro, e mais comum, bloqueia o fluxo de sangue que vai para o cérebro. Já o segundo pode ter como causa o rompimento de algum vaso sanguíneo, provocando sangramento no cérebro ou nas estruturas que o envolvem", explicou.
Sobre os principais sintomas do AVC, a neurologista frisou que é importante ficar atento às seguintes manifestações:
- sensação de dormência ou de fraqueza, especialmente em um dos lados do corpo;
- dificuldade de falar ou de compreender o que o outro diz;
- perda visual (completa ou parcial);
- tontura repentina e perda de equilíbrio.
“No caso do AVC hemorrágico, é comum que a vítima também sinta uma dor de cabeça muito intensa e inesperada”, alertou.
O risco de AVC não acontece do dia para a noite. Ele resulta de um processo que pode levar anos para acontecer e que é favorecido tanto por hábitos nocivos à saúde, como o sedentarismo, o tabagismo e o alcoolismo, quanto por doenças crônicas, em especial a hipertensão, a diabetes e a obesidade. Por isso, é crucial buscar medidas preventivas a tempo.
"Esses maus hábitos e essas doenças debilitam o corpo ao longo do tempo. É por isso que é tão importante que as pessoas evitem os fatores de risco, façam com frequência exames médicos, adotem um estilo de vida mais ativo, com atividades físicas regulares e se alimentem melhor”, destacou a especialista.
O programa Alô Alece vai ao ar de terça a quinta, das 8h às 9h. Em parceria com o DSAS, a cada quinta-feira, um especialista na área da saúde é convidado para abordar temáticas relevantes.
Edição: Samaisa dos Anjos
Núcleo de Comunicação Interna da Alece
E-mail: comunicacaointerna@al.ce.gov.br
Página: https://portaldoservidor.al.ce.gov.br/
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