Arboviroses: combate ao Aedes aegypti deve ser reforçado no período chuvoso
Por Núcleo de Comunicação Interna com assessoria da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa)17/02/2025 11:23 | Atualizado há 4 dias
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Com o início do período de chuvas no Ceará, aumenta o risco de proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Apesar do cenário não ser de alerta, com baixa transmissão e surtos isolados, como em 2024, especialistas da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) destacam que é importante ter atenção aos sintomas, formas de combate ao mosquito e os perigos da automedicação.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde (Covep) da Sesa, Ana Cabral, pontua que as três arboviroses apresentam sintomas semelhantes, como febre, manchas vermelhas e dor no corpo. No entanto, a dengue é a que tem o maior potencial de agravamento e de levar a óbito. “Os casos de zika podem apresentar manifestações neurológicas e, no caso de gestantes, pode causar malformações no feto. A doença chikungunya tem a fase aguda e a crônica que pode causar dores articulares e essas, podem se prolongar por meses”, explica.
Todos os anos, a Sesa promove diversas ações, como campanhas de conscientização voltadas para os coordenadores dos municípios, assim como o treinamento de equipes. “O monitoramento e vigilância, que ocorrem em tempo real, por meio do IntegraSUS, também nos permitem uma resposta eficaz e rápida em casos de emergência e de mudanças de cenário”, destaca.
“Entre as medidas importantes para prevenir a reprodução do mosquito transmissor das arboviroses, está a limpeza dos ambientes, especialmente ao redor das casas e nos quintais. Por isso, é importante estar sempre alerta para medidas de prevenção como manter a caixa d’ água fechada e a limpeza de calhas, por exemplo”, alerta a gestora.
Além da limpeza dos ambientes externos, outras ações que podem ajudar na prevenção da dengue, chikungunya e Zika é a instalação de telas em portas e janelas e o uso de repelentes. Na presença de sintomas, como febre alta que não cessa, o paciente deve procurar um profissional de saúde. “Em caso de febre alta, manchas e dores no corpo, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima para fazer a testagem e ser orientada por um profissional de saúde”, orienta.
Automedicação oferece riscos
A automedicação é um risco, de acordo com a farmacêutica Karla Deisy Morais Borges, que integra a Coordenadoria de Políticas de Assistência Farmacêutica e Tecnologias em Saúde (Copaf) da Sesa. “Alguns medicamentos, como AAS e aspirina não são indicados, bem como outros anti-inflamatórios como ibuprofeno e nimesulida. Esses remédios podem agravar sintomas e até ocasionar hemorragias”, disse.
A profissional ressalta que chás e outros remédios caseiros também não devem ser utilizados. “Embora algumas pessoas recorram a esses métodos para aliviar os sintomas em virtude do fácil acesso, somente o farmacêutico pode orientar o uso racional de medicamentos e preparações caseiras de plantas medicinais com validação científica”.
A farmacêutica também destaca que plantas medicinais aromáticas podem ser aliadas para repelir o mosquito Aedes aegypti. “Devido à presença de óleos essenciais, algumas espécies podem repelir os insetos, só de estarem plantadas. Exemplos são a citronela, a alfavaca, a hortelã, o alecrim-pimenta, o cravo-da-índia e o manjericão”, pontua.
Os dados referentes a casos de arboviroses no Ceará já estão disponíveis para a consulta da população no sistema IntegraSUS, da Sesa. Segundo os dados do dia 5 de fevereiro, em 2025, foram notificados 774 casos de dengue no Ceará, com 85 confirmações. Ao longo do ano de 2024, foram 11.991 casos confirmados.
Da Assessoria da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa)
Edição: Salomão de Castro
Núcleo de Comunicação Interna da Alece
Email: comunicacaointerna@al.ce.gov.br
Telefone: 85.3257.3032
Página: https://portaldoservidor.al.ce.gov.br/
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