Alece realiza Fórum de Mediação, Justiça Restaurativa e Cultura de Paz
Por Júlio Sonsol31/08/2023 13:25 | Atualizado há 1 ano
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A Assembleia Legislativa do Ceará, por meio do Centro de Mediação e Gestão de Conflitos, em parceria com a Coordenação de Mediação, Justiça Restaurativa e Cultura de Paz (Compaz), e Secretaria de Proteção Social do Governo do Estado do Ceará (SPS), realizou, nesta quinta-feira (31/08), o Fórum de Mediação, Justiça Restaurativa e Cultura de Paz. O evento voltado aos servidores da Casa, foi realizado no Complexo de Comissões Técnicas do Poder Legislativo.
O Fórum se desenvolve desde 2015, com a parceria de mais de trinta instituições, e tem como objetivo de promover uma cultura de paz por meio das técnicas de solução de conflitos. A articuladora do Fórum, Cristiane Holanda, ressalta que a Alece é uma parceira de muitos anos, e que a pauta da justiça restaurativa é uma política pública transversal. O evento foi presidido pelo deputado Renato Roseno (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alece, e contou também com a participação de Cristiane Holanda, coordenadora da Justiça Restaurativa da Secretaria de Proteção Social do Governo do Estado.
A idealizadora do Centro de Mediação e Gestão de Conflitos e primeira-dama da Alece, Cristiane Leitão, afirmou que uma das principais ações desenvolvidas pela instituição foi a realização dos círculos restaurativos com as mães e sobreviventes dos homicídios que ficaram conhecidos com chacina do Curió, que transcorreu entre 11 e 12 de novembro de 2015, quando 11 jovens entre 17 e 23 anos foram assassinados.
"Realizamos um atendimento diuturno, por aproximadamente um ano, destas mães e das pessoas que sobreviveram à chacina. Os círculos restaurativos foram desenvolvidos buscando fazer com que todas estas pessoas voltassem a se ligar a si próprios e com o seu meio social, novamente", acentuou Cristiane Leitão, durante a abertura do fórum.
Atividade foi destinada a servidores do Poder Legislativo - Foto: Paulo Rocha
A primeira-dama explicou que o Fórum é fruto de um movimento que está se desenvolvendo desde 2015, a partir da Vice-Governadoria, quando Izolda Cela (atual secretária executiva do Ministério da Educação) era vice-governadora. "Isso foi avançando e o papel do Legislativo entrou forte, porque a partir da gestão do presidente da Assembleia, Evandro Leitão, em 2021, implantamos o Centro de Mediação e Gestão de Conflitos do parlamento cearense, com todo o apoio da Vice-Governadoria", acentuou.
Ela observou ainda que é importante se trazer a cultura de paz, não só para o Ceará, mas para todo o País. "Neste momento, o mundo precisa de paz. E nós precisamos sempre resolver os conflitos através do diálogo, do respeito, da humanização e da conexão com todos", destacou. Cristiane Leitão revelou que o Fórum está passando por todos os órgãos dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Força da palavra
O deputado Renato Roseno salientou que entre os três poderes, o Legislativo é o mais aberto e poroso para a comunidade. "É aquele que é primeiramente procurado para dedicar as suas preocupações, reivindicações e reclamações", avaliou, destacando que um dos grandes problemas da sociedade brasileira é o alto nível de conflito, que se revela em violência. "Lamentavelmente, uma parcela da sociedade crê que a justiça punitivista pode trazer paz. Isso é um grande erro", alertou.
Para ele, a justiça restaurativa não busca vingança. "Ela busca sarar, restabelecer laços, promover um futuro em que as relações que foram quebradas pela violência sejam restauradas. Esta justiça está baseada no diálogo, co-responsabilização e na força da palavra", disse.
Cristiane Holanda observou que o Fórum já acontece desde 2016, sempre fortalecendo as ações de cultura de paz e justiça restaurativa no Estado. Ela revelou que já foram ministrados mais de 80 cursos, formando mais de 4.000 facilitadores no Ceará. "A Assembleia sempre foi uma valiosa parceira. Assim, o Fórum é uma forma de trazer essa reflexão. A paz começa em nós e pouco a pouco vai se realizando um trabalho subjetivo de valiosa importância", pontuou.
A assistente da Secretaria de Proteção Social, Lília Gondim, considerou que o Fórum reúne forças em todos os poderes. "É uma honra imensa dar as mãos neste movimento para trabalhar as temáticas da mediação e do círculo de construção de paz, referente à justiça restaurativa e os círculos sistêmicos. Isso faz com que as pessoas tenham um tempo para observar como estão se sentido diante dos casos de conflito", asseverou.
A articuladora do Centro de Mediação e Gestão de Conflitos da Alece, Jussara Alves, explicou que o Fórum se reveste de grande importância por reunir pessoas que se vinculam à questão, de diversos órgãos do Estado. "Temos o objetivo de difundir e disseminar técnicas colaborativas da mediação", explicou. Ela lembrou que o centro tem todo o apoio, em sua criação, do presidente Evandro Leitão, com a orientação da primeira-dama Cristiane Leitão.
Conteúdo digital: Leonardo Coutinho
Edição: Salomão de Castro
Núcleo de Comunicação Interna da Alece
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