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Alece fortalece inclusão de servidores e visitantes com ações de acessibilidade

Por Gleydson Silva/Agência de Notícias da Alece
28/07/2025 11:59 | Atualizado há 1 dia

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Plenário 13 de Maio conta com rampas de acesso a cadeirantes Plenário 13 de Maio conta com rampas de acesso a cadeirantes - Foto: Marcos Moura / Arte: Núcleo de Publicidade da Alece

Ao longo dos últimos anos, a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) tem demonstrado, na prática, seu compromisso com a inclusão e a acessibilidade, promovendo melhorias significativas em sua estrutura física. Ao investir continuamente em acessibilidade e na inclusão funcional de pessoas com deficiência, a Alece fortalece seu papel como agente transformadora da sociedade, promovendo a equidade e o respeito à diversidade no serviço público.

Entre as intervenções estão a implantação de rampas de acesso em todas as faixas de pedestres, piso tátil para orientação de pessoas com deficiência visual, elevadores acessíveis, ampliação das portas de acesso para facilitar a circulação de pessoas com dificuldades de locomoção e cadeirantes, além de banheiros adaptados em todos os andares. Essas iniciativas refletem a preocupação da Casa em oferecer um ambiente mais inclusivo e acolhedor, garantindo o direito de ir e vir a todos que frequentam ou trabalham no Parlamento estadual.

Para o supervisor da Célula de Engenharia do Departamento de Administração da Alece, Elber Marinho, a Assembleia Legislativa está preparada para receber pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção. Além disso, a Casa, por meio da Célula de Engenharia, está sempre atenta à garantia da acessibilidade dos prédios - sede e anexos. 

“Nós estamos sempre atentos à legislação e às novidades que surgem no mercado, voltadas à acessibilidade. Hoje, qualquer projeto que fazemos aqui, de uma adaptação em um gabinete à troca de uma porta, visamos garantir a acessibilidade. Isso é uma preocupação que já faz parte da rotina do nosso trabalho”, garante o supervisor.

Segundo ele, o Edifício Deputado Francisco das Chagas Albuquerque, o anexo III, é um prédio que já foi construído sob a ótica da acessibilidade, assim como o edifício-garagem, que conta ainda com vagas exclusivas destinadas a pessoas com deficiência física, autistas, idosos e gestantes.

Elber Marinho lembra que a Assembleia Legislativa é a Casa do Povo e nem todas as pessoas têm as mesmas condições de se locomover e acessar prédios. “É um trabalho constante, para que, de fato, esta seja uma Casa inclusiva onde todos possam ter acesso”, afirma.

Além do anexo III, o Plenário 13 de Maio, reconstruído após o incêndio ocorrido em junho de 2024, foi entregue com melhorias estruturais das rampas de acesso à tribuna e Mesa Diretora.

INCLUSÃO FUNCIONAL

Bruno Mendonça Viana é servidor da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da Alece. Ele tem deficiência motora e comprometimento intelectual leve desde que nasceu e já passou por várias cirurgias ao longo dos anos, a fim de melhorar sua qualidade de vida. Nada disso o impediu, no entanto, de concluir duas graduações: Pedagogia e Gestão Ambiental.

Na Alece, Bruno foi estagiário, atuando na Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental e em comissão técnica. Na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido, ele auxilia em reuniões, audiências públicas, visitas técnicas e outras atividades. Para o servidor, pessoas com deficiência podem desenvolver diversas atividades no ambiente de trabalho e precisam desse espaço para mostrar suas capacidades. “Inclusão é demonstrar respeito. A gente também é humano e conseguimos desenvolver o nosso trabalho e demonstrar o nosso valor”, disse.

Para o servidor da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da Alece, Bruno Mendonça, promover a inclusão é uma demonstração de respeito - Foto: Bia Medeiros.

Para Bruno Mendonça, ainda há muitas pessoas na sociedade que não têm a sensibilidade de conviver e integrar pessoas com necessidades especiais. Na Alece, no entanto, sente-se acolhido e integrado da melhor forma. “Aqui eu me sinto confortável. Quando eu tenho alguma dificuldade, eu peço ajuda de alguém, melhora minha compreensão e auxilia no direcionamento do meu trabalho”, garante.

ACESSIBILIDADE PARA CEGOS

Já o servidor Tiago Melo trabalha no Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp) da Alece, desde novembro de 2009, ao lado da esposa, Aurenir Lopes, ambos com deficiência visual. Durante anos, o casal atuou na produção de materiais em Braille: Tiago como transcritor, responsável por formatar e imprimir os livros, e Aurenir como revisora de textos em Braille.

Com a migração das publicações do Inesp para o formato digital, os dois passaram a integrar a equipe responsável por testar a acessibilidade desses materiais como livros e cartões digitais assegurando que estejam compatíveis com softwares leitores de tela usados por pessoas cegas. "Nesses 15 anos na Alece, acompanhamos reformas, a inauguração de novos prédios e muitas melhorias de acessibilidade na Casa, como a instalação de rampas, elevadores com Braille e aviso por voz, sinalizações, banheiros adaptados e intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) na TV", ressalta.

Ele destaca que a locomoção pelas dependências da Alece e seus anexos se tornou segura e eficiente, graças à qualidade das adaptações realizadas.

O casal Tiago Melo e Aurenir Lopes, servidores do Inesp, contribui para garantir a acessibilidade das publicações produzidas pelo instituto - Foto: Pedro Albuquerque

Quanto à inclusão funcional, Tiago observa que, desde sua chegada ao Inesp, ele e Aurenir têm atuado de forma integrada à equipe, especialmente na chamada "linha de produção de um livro", em que a acessibilidade é uma das etapas fundamentais para garantir qualidade ao produto final. “Para além do trabalho, temos vínculos de amizade com a equipe. Nós, PcDs que trabalhamos no Inesp, na Alece, participamos como membros ativos da equipe e isso é muito valioso, é uma verdadeira inclusão. Outras empresas e órgãos públicos podem ter certeza: diversidade produz ótimos resultados”, conclui.

Já Aurenir Lopes enfatiza que incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho é também uma forma de contribuir para a valorização pessoal de uma PcD. Para ela, “só se produz acessibilidade em todos os quesitos quando existe empatia e sensibilidade”.

Mais do que cumprir uma exigência legal, essas ações de inclusão e acessibilidade da Alece evidenciam uma postura ética e humanizada, que reconhece o valor de cada indivíduo. Essa postura também impacta positivamente na qualidade do trabalho legislativo, pois ambientes diversos e acessíveis estimulam a participação plena, a troca de experiências e a construção de políticas mais representativas e eficazes para toda a população cearense.

SÉRIE ESPECIAL - 10 ANOS DO ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Esta é a segunda matéria de uma série especial da Agência de Notícias da Alece produzida para marcar a primeira década do Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei Federal n.º 13.146/2015. A primeira reportagem especial sobre a temática destacou iniciativas da Casa voltadas às pessoas com deficiência. A terceira matéria vai trazer projetos aprovados no âmbito do Poder Legislativo voltados à inclusão e à acessibilidade para esse público.

Edição: Lusiana Freire

 

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