Palestra sobre poluição ambiental alerta para qualidade do ar respirado em Fortaleza
Por ALECE01/11/2019 15:04
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Quem procura se exercitar, para melhorar a qualidade de vida, deve procurar um ambiente afastado das principais avenidas e evitar horários onde há maior volume de tráfego na cidade, para assegurar os benefícios à saúde. A orientação é do químico industrial e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jefferson Pereira Ribeiro, doutor em Saneamento Ambiental, que proferiu palestra "Poluição ambiental em áreas urbanas: causas e consequências", nesta sexta-feira (1/11), a convite da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) da Assembleia Legislativa do Ceará.
De acordo com o professor, Fortaleza ainda possui índices de poluição ambiental aceitáveis, segundo os índices do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) do Ministério do Meio Ambiente, por não possuir indústrias em seu perímetro urbano, e ter condições atmosféricas favoráveis com uma boa ventilação natural, que dissipa os agentes poluidores. Porém se não forem adotadas as medidas necessárias, os índices podem ser agravados.
"Em áreas urbanas podem surgir ilhas de calor, por causa das construções elevadas e da pavimentação. Vale salientar que o revestimento asfáltico, quando usado intensamente, também concorre para a poluição do ar com agentes particulados (poeira)", avisou. Ele observou que 70% das substâncias nocivas lançadas na atmosfera da cidade são provenientes dos veículos. Por isso, a forma como cada motorista dirige também contribui para a poluição do ar.
Jefferson recomenda que o condutor deve procurar manter a rotação do motor em torno de 2.000 giros por minuto, otimizando a queima do combustível, evitando o lançamento de resíduos particulados. "Além de concorrer para a não degradação do ar, ainda irá economizar combustível e dinheiro", frisou. Ele acentuou que o uso de transporte coletivo e de bicicleta também auxiliam na redução de emissões.
Faixas exclusivas
Ao contrário do que pode se pensar, o implemento de faixas exclusivas de ônibus também auxilia na redução dos poluentes. "Mesmos que o fluxo de veículos particulares fique um pouco prejudicado, a fluidez dos transportes coletivos, por conta das faixas, promove uma queima do combustível mais eficiente, compensando a menor velocidade dos carros pequenos, já que o óleo diesel dos ônibus possui mais agentes poluidores", afirmou.
O coordenador da A3P, Lindolfo Cordeiro, considerou que a exposição do professor Jeffesson trouxe muitas informações sobre os efeitos da poluição na saúde de toda a saúde. "Essa palestra é muito importante para que possamos nos conscientizar sobre esses problemas que estão no nosso dia a dia, e que não sabemos suas origens. Às vezes a gente sente um mal-estar, um náusea, e não associamos isso à baixa qualidade do ar que respiramos. Aqui nos foi mostrado que muitas dessas doenças estão intimamente ligadas à poluição do ar", destacou Lindolfo Cordeiro.
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