Mães atípicas participam de roda de conversa do DSAS sobre psicopedagogia

O Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Alece promoveu, nesta quinta-feira (22/05), a roda de conversa “Entre desafios e descobertas: a psicopedagogia na vida de uma mãe atípica". A roda foi dirigida às mães de pessoas neuroatípicas atendidas pelo departamento e aconteceu no auditório Lucila Bomfim do Anexo III. 

O evento foi conduzido pela Célula de Psicopedagogia do DSAS. O diretor do departamento, Luis Edson Sales, destacou que esses eventos são importantes para dar o necessário apoio que as mães atípicas necessitam. “As conversas ajudam as mães atípicas a enfrentarem as dificuldades do dia a dia, como a falta de adequação dos sistemas de saúde e de educação, que geralmente não estão adaptados para atender as necessidades dessas mães e de seus filhos”.

Mabelle Mota, orientadora da Célula de Psicopedagogia, explicou que o trabalho contempla crianças, adolescentes, adultos e idosos que apresentam dificuldades, dificuldades nas habilidades cognitivas ou motoras. “Hoje o nosso foco é escutar as mães atípicas, ouvi-las, falar dos desafios da caminhada e da evolução de seus filhos por meio do nosso atendimento”, disse Mabelle. 

A orientadora enfatizou que o acolhimento é fundamental para as mães que que vivenciam a neurodiversidade. A roda de conversa foi aberta por Mabelle Mota que apresentou as psicopedagogas da equipe presentes ao evento. Em seguida, uma dinâmica conduzida pela psicopedagoga Larissa Alves foi feita para criar um ambiente propício aos depoimentos das mães.

Profissionais promoveram momento de escuta e trocas sobre os desafios. Foto: Pedro Albuquerque 

Atendimento multidisciplinar, atenção e acolhida

Soraya da Silva, mãe do Gael, de 7 anos, foi uma das participantes da ação e conta que o filho é atendido pelo DSAS desde os 4 anos de idade. Gael já passou por atendimentos nas áreas da pediatria, terapia educacional, psicopedagogia e nutrição.

A mãe afirma que o filho melhorou em muitos aspectos. “Quando chegamos, ele era seletivo com alimentos, estava acima do peso e era muito hiperativo. Agora as profissionais me dão parabéns pela melhora dele, mas os parabéns são pra elas também”, assegura Soraya.

A psicoterapeuta Karlene Gadelha faz o acompanhamento do Gael e avalia a evolução do garoto. “Quando ele chegou não se sentava, não conversava, não terminava o que fazia. Agora, graças às nossas orientações e atividades propostas, ele já senta, conversa e começa e termina tudo aquilo que é proposto”, comemora a especialista.

Psicopedagoga Karlene, Gael e a mãe Soraya. Foto: Pedro Albuquerque 

Karlene destaca que com o trabalho Gael vem ganhando consciência de tudo que faz. “Não é só a melhora da coordenação motora, da memória, da aprendizagem. Antes ele fazia por fazer, agora não. Ele sabe o porquê está fazendo e como está fazendo e também o que ele deve melhorar. Isso para nós é primordial”.

Soraya da Silva compartilha também a preocupação que o DSAS tem com ela e com todas as mães atendidas. Ela diz que se sente abraçada por todos que atendem o filho e diz ter sido a terceira reunião que participou. 

“É um apoio muito grande. A gente fica esclarecida de muitas coisas. É um abraço de mãe e não tem coisa melhor do que colo de mãe né? É desse apoio que precisamos para aquecer um pouquinho o coração”.

Edição: Samaisa dos Anjos

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