Genocídio de Ruanda nos anos 1990 é recontado em minissérie
Por ALECE27/08/2021 13:51
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Há genocídios que assumem grande relevância na história do mundo. O mais relevante, na escala de importância do mundo ocidental e branco, sem dúvida, é o do povo judeu ao longo da Segunda Guerra Mundial. Contabilizam em torno de seis milhões de mortes, ao longo dos quase seis anos que trabalharam os campos de extermínio. Mas algumas dessas matanças desenfreadas, atendendo a interesses escusos, ficam quase que totalmente esquecidas, como é o caso do morticínio de ruandeses Tutsi, pela etnia Hutu, ocorrido, durante a guerra civil de Ruanda, entre 1990 e 1994.
É sobre esses episódio que a minissérie "Black Earth Rising" (ou "A insurgência do mundo negro", em livre tradução) trata. Disponível na Netflix em oito episódios, a produção que se passa no Reino Unido explora também os cenários da Europa, África e Estados Unidos para contar a história de Kate Ashby (Michaela Coel) sobrevivente do genocídio de Ruanda, resgatada ainda criança e adotada por Eve Ashby (Herriet Walter), promotora britânica que trabalha com Direito Penal internacional.
Adulta, Kate trabalha para Michael Ennis (John Goodman) como investigadora jurídica no Reino Unido. Kate, Michael e Eve assumem um caso no Tribunal Internacional Criminal que envolve o terrível genocídio de Ruanda. O caso mexerá com os bastidores do poder dos mais diversos grupos políticos que participaram diretamente ou indiretamente da tragédia.
Em "Black Earth Rising", os dramas que a história abriga revelam o que há de melhor e pior da condição humana. A série coloca o dedo na ferida em vários momentos ao explorar as feridas éticas do genocídio decorrentes das diferenças entre classes sociais e que culminaram na relação hipócrita dos colonizadores (belgas e franceses) e nas suas relações paternalistas com as ex-colônias.
A série também mostra a omissão dos tribunais internacionais de justiça e as instituições religiosas em lidar com o massacre e o pós-conflito deste, assim como discute as intenções meramente particulares dos governos e políticos. O povo é colocado sempre à sombra das suas necessidades pessoais, pois cada cidadão está mais interessado em satisfazer as necessidades econômicas das multinacionais para assim lucrarem mais, pondo o bem-estar coletivo em segundo plano. A minissérie não deixa ninguém indiferente e em nenhum momento procura adoçar este cenário ao público.
Serviço: "Black Earth Rising" está disponível na plataforma Netflix em oito episódios de 59 minutos.
JS
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