Estação das Artes promove eventos com foco na valorização da cultura negra e periférica

Entre os dias 11 e 13 de abril, a Estação das Artes, equipamento cultural público em Fortaleza,  promove uma programação cultural diversa, com ênfase especial na valorização das expressões culturais negras, LGBTQIA+ e periféricas. Esta iniciativa não apenas fortalece o cenário artístico local, como também representa um passo significativo no reconhecimento da pluralidade identitária e social da capital cearense.

A programação começa nesta sexta-feira (11/04), de 18h às 21h30min, com a Festa Crioula, que combina música autoral, discotecagem, batalhas de MCs e performances. Este evento serve como uma vitrine para artistas que historicamente enfrentaram barreiras de acesso aos grandes palcos. Ao proporcionar esse espaço, a Estação das Artes reafirma seu papel como um polo de inclusão cultural, onde diferentes vozes podem ser ouvidas e celebradas.

Sábado de valorização da produção artística das periferias

No sábado (12/04), de 16h às 21h30min, o protagonismo periférico continua com o Festival Favela no Topo. Trata-se de uma potente afirmação da arte produzida nas comunidades, valorizando a criatividade que emerge dos diferentes territórios. O festival reforça que a favela é também espaço de produção estética e política, onde a resistência se manifesta por meio da música, do corpo e da palavra.

A presença de artistas LGBTQIA+ na programação é outro ponto de destaque, promovendo uma cultura de respeito, visibilidade e pertencimento. As apresentações permitem não apenas o entretenimento, mas também a reflexão sobre as lutas históricas e contemporâneas dessa comunidade. A inclusão desses artistas rompe silêncios e desafia normas, oferecendo um ambiente seguro onde a arte pode ser vivida em liberdade.

Domingo com oficinas e ancestralidade

No domingo (13/04), a partir das 10h, a programação da Estação das Artes e do Mercado Alimenta CE conta com oficinas infantis e de 11h20 às 12h o espetáculo teatral “Ybyrá: uma busca pelo verde”, com o Coletivo Zanzulim, em parceria com o Sesc, em alusão ao Abril Indígena, 

A apresentação traz reflexões sobre questões ambientais, mostrando uma aldeia que resiste em meio à poluição da água e do ar e aos escombros do lixo eletrônico. Nesse enredo, uma criança indígena protagoniza encontros e mistérios surpreendentes. Essa diversidade de atividades mostra o compromisso da Estação das Artes com uma abordagem cultural ampla, que integra diferentes gerações, origens e experiências.

Foto: Divulgação.

A programação também será animada pelos pandeiros, zabumbas e ganzás do Coco da Dona Geralda no palco do Mercado AlimentaCE, que das 13h às 14h traz uma apresentação conectando arte e educação em uma dança de valores e histórias compartilhadas.

A iniciativa visa ao fortalecimento da democracia cultural. Ao dar centralidade à arte negra, periférica e LGBTQIAPN+, a Estação das Artes contribui para a construção de uma Fortaleza mais justa e plural. A cultura, nesse contexto, atua como instrumento de transformação social, combatendo estigmas e promovendo a autoestima das populações historicamente excluídas.

Em tempos em que a diversidade ainda encontra resistência, eventos como este reafirmam o poder da arte como linguagem universal e caminho de empatia. A Estação das Artes torna-se, assim, mais do que um espaço físico: transforma-se num território de encontro, reconhecimento e celebração das múltiplas identidades que compõem a alma da cidade.

Serviço

A Estação das Artes é localizada na Rua Dr. João Moreira, 540 - Centro, Fortaleza.

Programação tem acesso gratuito e a entrada é por ordem de chegada e sujeita à capacidade máxima do espaço. 

Núcleo de Comunicação Interna da Alece
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