Comitê de Estudos de Limites e Divisas Territoriais do Ceará

Celditec realiza estudos socioeconômicos em área de litígio entre Ceará e Piauí

Por Júlio Sonsol
07/05/2024 05:08 | Atualizado há 1 semana

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Servidores do Celditec visitaram localidades de quatro municípios Servidores do Celditec visitaram localidades de quatro municípios - Foto: Cauby Alves/Celditec

O coordenador do Comitê de Estudos de Limites e Divisas do Estado do Ceará (Celditec), da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), Luís Carlos Mourão, realizou, nos últimos 12 dias, uma pesquisa de campo em municípios da região de Ibiapaba, levantando o sentimento de pertencimento das populações em áreas de litígio com o Piauí.

Ele percorreu localidades de Guaraciaba do Norte, Ipu, Carnaubal e Reriutaba, acompanhado dos colaboradores do Celditec Cauby Alves, mestre em Geografia, de Sobral, e do pesquisador historiador e escritor João Bosco Gaspar, de Tianguá.   

"Viajamos durante aproximadamente 12 dias na região da Serra da Ibiapaba, fazendo uma pesquisa socioeconômica em residências das áreas entre Guaraciaba do Norte e Carnaubal e entre Guaraciaba da Norte e Ipu. Nas duas áreas, há litígio entre esses municípios. Nós tivemos lá em 150 domicílios, nos distritos de Cruz das Almas, Tambotoazinho, Sítio Mata, Sítio Félix e Sítio Estivado", revela. 

Entrevistas

Na região de limites entre Guaraciaba do Norte e Carnaubal, foram visitados em torno de 85 domicílios. "Estivemos nos distritos de Serra Nova, Campestre, Barro Vermelho, São José, Olho da Aguinha, Casa de Pedra, Sítio Mororó e Pinta. Também nós também numa área entre Guaraciaba do Norte e Carnaubal e São Benedito, uma tríplice junção. Lá, fizemos 50 entrevistas, nos distritos de Tucuns, Pau-d’arco, Olho D'Água, Cachoeira do Sul e Morrinhos", aponta. 

Conforme Luís Carlos Mourão, o grupo esteve ainda na Serra da Ibiapaba, na área entre Guaraciaba do Norte com Reriutaba, em que há problemas. "Fizemos 50 entrevistas, em Tambotoazinho, Tambatana, Corsa e Bodegas", relata.

De acordo com o coordenador, o trabalho foi encaminhado para o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), junto com as entrevistas. Ele prossegue fazendo as últimas tabulações para que no prazo mais breve possível seja buscado acordo com os prefeitos dos municípios envolvidos.

Preocupa

"Temos certo receio que, como há o litígio com o estado do Piauí, essas áreas passem a ser reclamadas pelos piauienses. Eles não tinham conhecimento desse problema até o assunto ser amplamente divulgado pelo jornal ´O Povo´. O litígio estadual e os litígios municipais têm preocupado. Assim, é importante realizar este trabalho de campo e saber o quê as pessoas pensam. São mais de 300 entrevistas que fizemos", assevera. 

De acordo com o coordenador, está sendo aguarda a perícia do Exército Brasileiro na área de litígio, que deve estar concluída até o final de maio. Ele acentua que o estado do Piauí tem produzido poucos documentos sobre essa questão, enquanto que o Ceará tem apresentado quase que diariamente novos documentos. "O Exército não vai dar um parecer antes de observar o que o Ceará apresentou", entende.

Edição: Paulo Veras e Salomão de Castro

 

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