Dia do Cinema Brasileiro: muitos motivos para celebrar

O cinema brasileiro tem um dia para chamar de seu: 19 de junho, data dedicada a celebrar a qualidade da produção cinematográfica nacional. E, em 2025, o cinema nacional tem ainda mais motivos para comemorar.

Este foi o ano em que a sétima arte nacional conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional, com o filme "Ainda Estou Aqui", e Fernanda Torres recebeu o Globo de Ouro por sua atuação na produção dirigida por Walter Salles. 

Também houve a conquista do diretor e roteirista Kleber Mendonça Filho, de Melhor Roteiro Original do Festival de Cannes, pelo filme "Agente Secreto", produção que tem Wagner Moura como protagonista, papel pelo qual ganhou o prêmio de Melhor Ator no mesmo evento. 

Em uma história com tantas produções importantes, o capítulo de 2025 ganha, assim, ainda mais destaque.

Cinema no Brasil

O cinema chegou ao Brasil apenas um ano após a primeira exibição realizada pelos irmãos Lumière, em Paris, no final de 1895. Em 1896, o público carioca se surpreendeu com as primeiras imagens em movimento projetadas em uma tela. 

Desde então, o cinema brasileiro evoluiu, passando por movimentos como o Cinema Novo, na década de 1960, que trouxe narrativas ousadas e engajadas, até a diversidade de gêneros e estilos que caracterizam a produção contemporânea. Um processo de desenvolvimento que vem conquistando cada vez mais espaço no cenário internacional. 

E o dia 19 de junho foi o escolhido para ser o Dia do Cinema Brasileiro em homenagem a Afonso Segretto que, mesmo sendo italiano, é considerado o primeiro cinegrafista do Brasil. Em 1898, ele produziu neste dia o filme "Vista da Baía de Guanabara", registrando as primeiras imagens em movimento no Brasil a bordo de um navio que chegava ao Rio de Janeiro. 

No dia 20 de junho de 1898, o jornal Gazeta de Notícias publicou aquela que é considerada a “certidão de nascimento” do cinema nacional: uma nota simples em que mencionava a filmagem, único relato oficial do ocorrido. 

Oficialmente reconhecida em 2008, a data celebra não apenas os filmes, mas também os profissionais responsáveis pela produção nacional. Diretores, roteiristas, atores e técnicos que transportam para as telas imagens que podem tanto emocionar quanto provocar reflexões.

Reconhecimento e ampliação do alcance

Mesmo chegando ao ápice das premiações internacionais em 2025, se consagrando na França e nos Estados Unidos, os filmes brasileiros têm um histórico de reconhecimento pelos especialistas e críticos da arte. 

Filmes brasileiros também marcaram presença em festivais com filmes como Tatuagem (2013), Bacurau (2019) e Cidade Invisível (2024). Produções que afastam quaisquer dúvidas sobre a capacidade do cinema nacional de abordar temas universais com uma perspectiva única, que mescla regionalismo, crítica social e inovação estética.

As premiações brasileiras no cenário internacional iniciaram com o filme "O Cangaceiro", roteirizado e dirigido por Lima Barreto que, em 1953, recebeu a distinção de Melhor Filme de Aventura no Festival de Cannes. Em 1962, "O Pagador de Promessas", dirigido por Anselmo Duarte e roteirizado por Dias Gomes, conquistou a Palma de Ouro, o prêmio principal do festival. 

No presente, o crescimento das plataformas de streaming tem ampliado o alcance das produções brasileiras. Séries e filmes independentes ganham espaço, enquanto o público descobre novos talentos e narrativas que refletem a diversidade do Brasil. 

O streaming democratizou o acesso, mas também trouxe novos desafios, como a necessidade de equilibrar produções comerciais com o cinema autoral. E, apesar do talento inegável, obstáculos também são enfrentados, como a questão do acesso a recursos.

Um convite à sétima arte 

O Dia Nacional do Cinema é mais do que uma celebração, é um convite para que o público redescubra o cinema brasileiro, valorize seus artistas e apoie a continuidade dessa indústria. 

Seja nas salas de cinema, nas plataformas digitais ou nos festivais independentes, a sétima arte brasileira segue viva, antenada e pronta para encantar novas gerações. 

Para que você também participe das comemoração do Dia Cinema Brasileiro, mesmo sem sair de casa, o Núcleo de Comunicação Interna da Alece indica produções nacionais que estão disponíveis nas principais plataformas de streaming:

Netflix 

• "Bacurau" (2019) - Dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, um faroeste futurista e político 
• "O Auto da Compadecida" (2000) - Clássico de Guel Arraes, comédia baseada na obra de Ariano Suassuna 
• "Cidade de Deus" (2002) - Dirigido por Fernando Meirelles, um dos filmes brasileiros mais aclamados no mundo 
• "Que horas ela volta?" (2015) - Drama social de Anna Muylaert, com Regina Casé 
• "Aquarius" (2016) - Filme de Kleber Mendonça Filho, com Sônia Braga

Amazon Prime 

• "Central do Brasil" (1998) – Drama emocionante com Fernanda Montenegro, dirigido por Walter Salles 
• "O Som ao Redor" (2012) – Filme de suspense e crítica social de Kleber Mendonça Filho 
• "O Palhaço" (2011) – Comédia dramática estrelada e dirigida por Selton Mello 
• "Tropa de Elite" (2007) – Polêmico e intenso, dirigido por José Padilha 
• "O Homem que Copiava" (2003) – Comédia romântica com Lázaro Ramos, dirigida por Jorge Furtado

Globoplay 

• "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho" (2014) - Doce drama adolescente de Daniel Ribeiro
• "Estômago" (2007) - Drama com João Miguel sobre gastronomia e sobrevivência, dirigido por Marcos Jorge 
• "Lisbela e o Prisioneiro" (2003) - Dirigida por Guel Arraes, uma comédia romântica divertida com Selton Mello 
• "O Pagador de Promessas" (1962)- Clássico do cinema brasileiro, baseado na peça de Dias Gomes e dirigido por Anselmo Duarte

 Disney+ 

• "Marighella" (2021) - Biografia do guerrilheiro brasileiro, dirigido por Wagner Moura 
• "Casa de Areia" (2005) - Drama poético com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, dirigido por Andrucha Waddington 

Outras plataformas 

• "A Vida Invisível" (2019) - Drama emocionante dirigido por Karim Aïnouz (MUBI) 
• "O Lobo Atrás da Porta" (2013) - Thriller psicológico dirigido por Fernando Coimbra (Looke) 
• "O Cheiro do Ralo" (2006) - Comédia dirigida por Heitor Dhalia, com Selton Mello (YouTube Premium)

Edição: Samaisa dos Anjos 

Núcleo de Comunicação Interna da Alece 

E-mail: comunicacaointerna@al.ce.gov.br 

Página: https://portaldoservidor.al.ce.gov.br/

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