Comitê de Estudos de Limites e Divisas Territoriais do Ceará

Celditec conclui estudo realizado em área de litígio entre o Ceará e Piauí

Por Júlio Sonsol
02/08/2023 15:03 | Atualizado há 1 ano

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Servidores da Alece durante o trabalho realizado na aldeia indígena Nazário-Mambira, em Crateús Servidores da Alece durante o trabalho realizado na aldeia indígena Nazário-Mambira, em Crateús - Foto: Divulgação/Celditec

O Comitê de Estudos de Limites e Divisas Territoriais do Ceará (Celditec) da Assembleia Legislativa do Ceará concluiu recentemente o levantamento realizado entre as populações residentes na área de litígio entre o Ceará e Piauí, desenvolvido em junho e julho deste ano. O resultado da pesquisa será apresentado pelo presidente da Alece, deputado Evandro Leitão (PDT), em data ainda não definida.

Conforme o coordenador do Celditec, Luís Carlos Mourão, foram visitadas aproximadamente 500 residências, obedecendo os critérios estabelecidos pelo Instituto de Planejamento e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), que também integra o comitê. "Foram visitadas 136 localidades, com população total estimada em 8.505 habitantes, onde, além de verificarmos o sentimento de pertencimento ao Ceará, foram realizados os georreferenciamentos de todos os equipamentos públicos encontrados", explica.

O levantamento foi desenvolvido em duas etapas, de 18 dias cada. De acordo com Luís Carlos Mourão, neste trabalho, ele foi acompanhado pelos servidores Joe Onofre e Luís Farias. "Foram georrefenciadas 37 escolas, entre estas oito escolas infantis e três escolas indígenas ou quilombolas, seis unidades de saúde, 15 locais de votação e 123 quilômetros de estradas, entre outros, todos equipamentos públicos do Ceará, nas áreas em litígio", aponta.

Luís Carlos Mourão, coordenador do Celditec, em atividade no distrito de Oiticica (Crateús) - Foto: Divulgação/Celditec

Municípios envolvidos

Os municípios visitados foram Carnaubal, Crateús, Croatá, Granja, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, Ipaporanga, Ipueiras, Poranga, São Benedito, Tianguá, Ubajara e Viçosa do Ceará. "Durante toda a pesquisa, verificou-se baixíssimo número de pessoas que se sentem pertencentes ao Estado do Piauí. A esmagadora maioria é de cidadão que se consideram cearenses e querem continuar pertencendo ao nosso Estado", assegura o coordenador.

Servidores do Celditec na divisa entre Ceará e Piauí, entre os municípios de Poranga (CE) e Pedro II (PI) - Foto: Divulgação/Celditec

Livro

Luís Carlos Mourão anuncia ainda que será lançado, em breve, o livro "Análise história das divisas cearenses: caso de litígio entre o Ceará e Piauí", em meio físico, do autor e historiador João Bosco Gaspar, na região de Ibiapaba. A data e local, segundo Mourão, será definida pelo presidente da Alece. 

Conteúdo digital: Leonardo Coutinho

Edição: Salomão de Castro

 

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