Webinar mostra a importância da vacina para o controle da pandemia
Por ALECE17/02/2021 09:59 | Atualizado há 1 ano
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O Estado de Israel, com 40% da população vacinada, conseguiu reduzir em 94% os casos de mortes e 92% o número de internações hospitalares por Covid-19. A informação foi apresentada pelo professor Edson Holanda Teixeira, durante Webinar, promovida pela Célula de Qualificação de Pessoas da Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace) realizada nesta terça-feira (16/02), pela plataforma Zoom. O expositor integra o Departamento de Patologia e Medicina Legal da Faculdade de Medicina (Setor Imunologia) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e é membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências. Ele apresentou o tema “Vacinas COVID19: Qual a importância e como funcionam?”.
Para o professor, esses dados científicos demonstram a eficácia dos imunizantes frente às doenças infecciosas existentes. Segundo ele, em 20 anos, dez vacinas para várias doenças evitaram custos hospitalares de 350 bilhões de dólares. Se forem levadas em consideração as perdas indiretas, a economia é em torno de um trilhão de dólares. Assim, a vacinação é fundamental não só pela questão humanitária, de salvar vidas, como também por motivos econômicos.
Com relação à velocidade em que a vacina começou a ser pesquisada até chegar a fase emergencial de utilização do imunizante, o expositor explicou que o vírus Sars-Cov-2 é de uma cepa já conhecida, o que facilitou o avanço dos estudos. Além disso, segundo ele, houve uma superposição das fases de testes, entre os diversos laboratórios, facilitando a maior velocidade dos estudos. “Em todo o mundo, são cerca de 200 vacinas em estudo”, explicou.
Um dos fatores para o surgimento de novas doenças é a aceleração da destruição do meio ambiente natural. Em 2019, já havia documentários científicos prevendo o surgimento de novas epidemias. Com a derrubada de florestas, os vírus passam a circular em meios humanos, causando a transmissão da enfermidade.
Consequências para o Brasil
Se o Brasil tivesse adquirido 70 milhões da Pfizer, oportunidade que foi oferecida ao país, teríamos 35 milhões de pessoas imunizadas e a segunda onda seria bem menos danosa, de acordo com o docente. Ele acentua que os Estados Unidos começam a reduzir o número de casos, devido ao ritmo da vacinação. As previsões, segundo o cientista, anunciam que o número de casos irá crescer e por isso todos devem manter as medidas sanitárias de distanciamento social e de higiene, além do uso constante de máscara de proteção. “Vamos fazer a nossa parte”, conclama.
Edson Teixeira explicou que método de vacinação teve início no século XVII, com o médico rural Edward Jenner, da Inglaterra, ao observar a doença viral varíola, que perdurou por séculos. “Ele notou que algumas pessoas não eram acometidas de doenças na comunidade. Eram mulheres que faziam ordenha das vacas. Por isso, o termo vacina vem de vaca. Elas contraíam uma varíola fraca, adquirida da vaca e não a versão humana. Esta doença matou 300 milhões de pessoas no mundo, até a descoberta do imunizante e a vacinação em massa. Hoje, a Covid-19 já vitimou dois milhões de pessoas em todo o mundo”, aponta.
Para o professor, é necessário divulgar informações corretas para a população, já que o efeito imunizante só é alcançado pelo menos 70% da população vacinada. “Não adianta entrar na briga com negacionistas. Basta apresentar argumentos. Vacinas reduziram próximo de 100% quase todas as doenças, como poliomielite, difteria e hepatite. O Ceará, inclusive foi um dos estados premiados com a erradicação da pólio”, lembra.
Ele esclarece ainda que as vacinas como a contra Influenza e contra tuberculose, só imunizam totalmente 60% e 50% das pessoas vacinadas, respectivamente, porém, evitam casos graves das doenças. Assim, imunizações na faixa de 50% obtidas pelas vacinas contra a Covid-19 estão cientificamente dentro da margem de segurança.
Saiba mais
O Webinar, projeto voltado exclusivamente para os servidores da Assembleia Legislativa do Ceará, promovido pela Célula de Qualificação dos Servidores da Unipace, tem transmissão online ao vivo por meio da plataforma Zoom às terças-feiras, a partir das 16 horas.
A última edição do Webinar teve como tema “Acolhimento emocional: cuidar de si, cuidar do outro”, com palestra conduzida pela servidora do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) do Poder Legislativo, Lucila Bomfim Lopes.
JS
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