Série Hollywood leva aos anos 1940 questões do século XXI
Por ALECE11/06/2020 17:50 | Atualizado há 2 anos
Compartilhe esta notícia:

Há séries que quando a gente termina de ver nos dão a certeza de serem fortes concorrentes aos prêmios concedidos anualmente nos Estados Unidos, como Globo de Ouro e Emmy. Hollywood, lançada este ano pela Netflix, no entanto, mais que isso, parece que não ter concorrente na categoria que vier a disputar. Além de tratar de um tema recorrentemente laureado pelas entidades de julgamento das obras de televisão, os bastidores da indústria cinematográfica californiana, conta também a seu favor um roteiro bem desenvolvido.
Hollywood, que estreou em 1º de maio,retrata de forma elegante a realidade de como as coisas funcionavam na capital do cinemanos anos 1940, levando à tela questões como racismo, homofobia e misoginia, contando com personagens divertidos e que se unem por um único objetivo: o de se tornarem pessoas influentes no mundo do cinema. A série faz um mix de fatos reais com ficção, mas que, de alguma forma remete a situações enfrentadas por alguns atores, diretores, roteiristas e estúdios na vida real.
Nem tudo o que é mostrado ao longo dos sete episódios da primeira temporada, de quase uma hora cada, é verdadeiramente real, mesmo nos que discutam assuntos que representam a mudança na história de Hollywood na busca pela igualdade. A trama começa focada em Jack Castello (David Corenswet), que sonha em se tornar ator.
Casado e com a esposa grávida, ele faz de tudo para conseguir as melhores audições e, claro, passar em alguma delas, mesmo que inicialmente a sua beleza clichê seja a sua maior característica. Mas como as coisas não são nada fáceis neste universo, ele acaba esbarrando com Ernie (Dylan McDermott), um "cafetão" que tem um ponto de encontro de prostituição masculina disfarçado de posto de gasolina.
A série segue mostrando grandes histórias de inclusão e diversidade, como a primeira negra ganhando um Oscar de melhor atriz, um roteirista negro ganhando o mesmo prêmio pelo seu trabalho impecável, e pessoas brancas, ricas e poderosas vendo na prática como o racismo não havia sido deixado de lado com o fim da escravidão, bem como arriscando retaliação para que a comunidade negra tivesse visibilidade. A discriminação racial era tão intensa na época que é bastante difícil assistir e ouvir que negros não poderiam ser protagonistas de filmes e não podiam sentar na primeira fileira na plateia do Oscar, por exemplo.
Não bastasse o bom roteiro desenvolvido por atoresconvincentes, a série conta ainda com uma produção muito bem acabada, nos remetendo de cabeça aos anos 40, com cenários irretocáveis, roupas e veículos da época. Merecem também destaque as pressões políticas exercidas sobre a conteúdo das produções e como estúdios lutaram para se livrar de algumas amarras. Fica a dica.
Serviço:Série Hollywood – Primeira Temporada. Em exibição, após ter estreado em 1º de maio. Onde assistir: Serviço de streaming Netflix. Duração: sete episódios de aproximadamente 1 hora, cada.
JS
Núcleo de Comunicação Interna da AL-CE
Email:comunicacaointerna@al.ce.gov.br
WhatsApp: 85.99147.6829
Veja também

Programação descentralizada marca aniversário de 26 anos do Dragão do Mar
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura completa 26 anos com programação que dialoga com os territórios vizinhos, como Poço da Draga, Moura Brasil e...
Autor: Núcleo de Comunicação Interna com informações da Secult
Fim de semana tem programação cultural diversificada em Fortaleza
O fim de semana do feriado da Semana Santa oferece à população de Fortaleza uma programação diversificada para adultos e crianças, com eventos focados...
Autor: Núcleo de Comunicação Interna com informações da Secult e Dragão do Mar
Estação das Artes promove eventos com foco na valorização da cultura negra e periférica
Entre os dias 11 e 13 de abril, a Estação das Artes, equipamento cultural público em Fortaleza, promove uma programação cultural diversa, com ênfase...
Autor: Julio Sonsol com informações da Secult