Em Rodas e Biblioterapia apresenta "O Zen na arte da cerimônia das flores"

O curso "Em Rodas de Biblioterapia", parte do programa Assalce "Entre Artes: A Arte de Viver", realizou, nesta quinta-feira (05/03), na sede da Associação, o seu 51º encontro. Nesta edição, a atividade teve a "poética" (exposição) sobre a obra "O Zen na arte da cerimônia das flores" de do escritor Gusty L. Herrigel, apresentada pela professora da Academia Ikebana Sanguestsu Andreia Abreu.

Andrea Abreu explicou que o objetivo da poética é expor a Ikebana  Sanguestu, onde os participantes tomam conhecimento sobre como funciona a academia Sanguetsu e como ela se vincula com a Fundação Mokiti Okada. "Também fazemos uma atividade com uma flor com a participação de todos os presentes da roda de biblioterapia", afirmou na ocasião. Ela explicou ainda que a fundação é sediada em São Paulo, mas que atua em todo o território nacional.

A expositora revelou ainda que quem tiver interesse em dar continuidade às práticas de Ikebana  pode entrar em contato através do telefone 85.3131.1193, ou no endereço rua Dona Leopoldina 564, Centro. Ela salientou ainda que a Ikebana e uma prática muito antiga, mas a academia Sanguetsu foi criada em 1972, no Japão, chegando ao Brasil em 1974.

A obra apresentada traz a prática do Ikebana - arte de dar vida (ike em japonês) à flor (bana) -, que é precursora do arranjo floral, uma das formas de adornar altares e venerar os deuses. O livro foi escrito por uma ocidental que morou durante seis anos no Japão. Foi concebido para que os ocidentais possam compreender os conceitos fundamentais dessa antiga prática meditativa, que ilumina os ambientes com sua singela porém refinada beleza. Um caminho zen que nos leva a apreciar essa arte em sua totalidade.

Saiba mais sobre o assunto abordado

Gusty Herrigel foi esposa de Eugen Herrigel, filósofo alemão, falecido em 1955, que lecionou filosofia entre 1924 e 1929 na Universidade Imperial de Tohoku, em Sendai, no Japão, e introduziu o Zen-Budismo em grande parte da Europa através de seus clássicos "O Caminho Zen" e "A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen". Ela o acompanhou durante os seis anos em que viveram no Japão, estudando a arte do Ikebana como forma de meditação e autoconhecimento, até tornar-se mestre, recebendo o nome de "Lua Crescente".

Conforme explica a idealizadora e coordenadora do projeto, Jacqueline Assunção, durante a abertura do encontro, o mais importante, em cada reunião, são as experiências que os participantes desenvolvem com a leitura dos livros. “A cada nova experiência é um caminho que se abre e uma estrada a ser percorrida no aprendizado pessoal”, afirma.

Jacqueline Assunção acentuou que a ideia de trazer o Ikebana para a primeira roda de biblioterapia do ano surgiu da vontade de iniciar as atividades de 2020 de "uma forma florida". A partir daí, entrou em contato com a professora Andrea Abreu. A partir daí, ficou acertada a apresentação de "O Zen na arte na cerimônia das flores".

JS

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