Fonoaudióloga alerta sobre uso inadequado dos fones de ouvido
Os fones de ouvido fazem parte do cotidiano da população brasileira. Seja para escutar uma música, assistir vídeos online ou participar de reuniões virtuais, o acessório tornou-se um aliado, mas seu uso necessita de cuidados para evitar danos à audição. A fonoaudióloga do Departamento de Saúde e Assistência Social da Assembleia Legislativa do Ceará (DSAS), Valéria Cavalcante Menezes, alerta que o limite seguro de som contínuo para o ouvido é de 80 decibéis e defende que os fones e outros aparelhos sonoros sejam usados com o volume até a metade para evitar prejuízos à audição.
''Uma pessoa que usa o fone de ouvido de forma recreativa como lazer provavelmente não terá uma perda auditiva se utilizá-lo de forma correta. Uma perda auditiva para ser desencadeada pelo uso de fone tem algumas especificidades, pois, para além de fatores genéticos, o indivíduo teria que ficar exposto a um ruído acima de 85 decibéis diariamente por pelo menos cinco horas por dia durante alguns anos para desenvolver o que chamamos de perda auditiva por ruído'', esclarece a fonoaudióloga.
A profissional orienta que o volume correto para não causar dano a audição é que aquele que fica na metade do volume máximo do equipamento. Se a pessoa não tiver como mensurar isso, de acordo com ela, basta colocar o som numa determinada altura em que ele consiga ouvir sua música e também os sons ao seu redor, a buzina de um carro ou a campainha tocando. "Se durante o uso do fone ele sentir uma sensação como se estivesse numa caixa acústica, sem saber o que acontece à sua volta, o volume está acima do permitido'', afirma Valéria Cavalcante.
Pesquisa
Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de um bilhão de jovens no mundo correm o risco de desenvolver problemas de audição diante da exposição prolongada e excessiva a sons em volume alto, principalmente por meio dos fones de ouvido.
Dentre os diversos modelos de fone de ouvido, o circumaural, que envolve toda a orelha, é o considerado melhor, pois ajuda a isolar bem o som externo, permitindo melhor qualidade de som e evitando, assim, que o usuário aumente o volume. "Mas as pessoas costumam utilizar o modelo auricular, que não bloqueia a entrada dos sons do ambiente, o que contribui para que as pessoas aumentem o volume do aparelho, o que não é indicado'', alerta a profissional.
Em relação ao modelo headset adotado em muitas empresas de call center e vendas, a recomendação é fazer a troca de orelha para que a audição descanse e o nervo auditivo não fique tão fadigado devido ao excesso de estímulos sonoros.
A fonoaudióloga do DSAS, Valéria Cavalcante Menezes, afirma que os principais sintomas de perda auditiva são zumbidos no ouvido e baixa auditiva - este último na maioria das vezes é transitório por conta da fadiga do nervo. ''Quando você faz um repouso acústico, em 72 horas sua audição volta ao normal. Caso não aconteça, é porque já começou a se instalar uma perda auditiva e você deve procurar o otorrinolaringologista. A perda auditiva é difícil de se instalar, mas quando ocorre, na maioria dos casos é irreversível", pontua.
JB
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