A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da Assembleia Legislativa do Ceará distribuiu nesta quinta-feira (06/06) mudas de plantas nativas e lixeiras para carros, aos condutores, passageiros dos veículos e transeuntes, no cruzamento da avenida Pontes Vieira e rua Barbosa de Freitas. A ação faz parte do eventos que integram a Semana do Meio Ambiente, desenvolvida pelo Poder Legislativo. Também foram entregues folhetos advertindo sobre os ataques que a natureza e as terras indígenas vêm sofrendo desde que foi empossado o novo Governo Federal.

O folder também destaca que o Dia Mundial do Meio Ambiente, a ser comemorado em 5 de junho, foi criado pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, Suécia, pela Organização das Nações Unidas (ONU). "A data tem como principal objetivo chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais", diz o impresso.

O presidente da comissão, deputado Acrísio Sena (PT), que também participou da distribuição das mudas, lixeiros e folhetos, considerou que a ação faz parte de uma campanha de conscientização da população, "em tornos dos desafios que temos em relação ao meio ambiente".  Entre estes desafios, ele apontou o uso racional da água e a preservação do bioma Caatinga, que é endêmico no Brasil e cobre cerca de 10% do território nacional.

"Também trazemos a campanha sobre coleta seletiva de lixo. Hoje, ainda temos 310 lixões, que deveriam ter deixado de existir desde 2014, conforme lei federal sobre o setor. Todas as políticas envolvendo água, resíduos sólidos e educação ambiental são importantes para que tenhamos um planeta autosustentável", afirmou.

Acrísio Sena acentuou ainda que tem procurado fazer um "esforço concentrado" na Comissão de Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado, em um "momento conjuntural muito difícil". Entre as dificuldades enfrentadas pelos ambientalistas, o presidente do colegiado apontou as atuais políticas ambientais que estão sendo implementadas pelo Governo Federal. "A gente assiste um processo de desestruturação das políticas ambientais do país, esvaziando o Ibama, retirando a participação social do Conselho Nacional do Meio Ambiente, saindo dos acordos mundiais sobre o clima. Para nós causa muita preocupação esse passo atrás", afirmou.